Não à toa a capital São Paulo merece honrarias. Uma das maiores e mais populosas cidades do mundo, com 12,2 milhões de habitantes, é o principal centro financeiro e corporativo do Brasil, com o maior PIB do país, e dona de uma hospitalidade que virou legado e formou a identidade Paulistana.
Ao completar 466 anos, no dia 25 de janeiro de 2020, é impossível não remontar ao passado e recordar particularidades dessa cidade. Recordar é viver! 😉
Ser ou não ser, eis a questão!
Antes de mais nada, São Paulo tem alguns apelidos peculiares. Um deles é Terra da Garoa, que inclusive, depois de muito tempo, levantou dúvidas se ainda faz jus à cidade, pois, parece já não garoar mais tanto na cidade como antes. Você já deve ter ouvido falar que fazia um frio danado e chovia muito em São Paulo antigamente. Pois é.
Mas, segundo uma análise de clima, realizada pela Estação Meteorológica da USP, São Paulo ainda tem direito ao título. A diminuição até poderia ser por conta das mudanças climáticas, do crescimento urbano e da poluição, pois esses fatores alteram a formação de nuvens.
Entretanto, a pesquisa observou a quantidade de dias com garoa entre 1933 e 2017 e constatou uma média de 90 dias por ano, sendo que os anos com mais chuviscos foram 2004, com 147 dias e 2017, com 116 dias, além disso, a maioria teve garoa acima da média. Por isso, a saga do guarda-chuva continua para os Paulistanos.
De pedras, mas nem tanto.
A Selva de Pedra, outro cognome dado à cidade devido seus incontáveis prédios, abriga alguns dos arranha-céus mais altos do Brasil. O Mirante do Vale, com 170 metros de altura e 51 andares, foi o mais alto do país por 48 anos, mas ainda existem outros gigantes famosos como o Edifício Itália com 168 metros, Altino Arantes – o Banespão com 161 metros e outros.
Além da altitude, há outros projetos imponentes a serem contemplados na cidade, como o Copan, o Complexo Arquitetônico do Parque Ibirapuera, o Sambódromo, o Memorial da América Latina dentre outros. Uma herança deixada por um dos mais importantes nomes da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer. Mas, não é só de “pedras” que vive São Paulo. Apesar de não parecer, a maior metrópole da América do Sul possui 109 parques e outras áreas verdes, que amenizam o aspecto cinza e urbano da cidade.
O tempo não para!
Pelo menos em Sampa, não. Seja para apreciar a cultura, para quem busca se exercitar ou para os boêmios, tem de tudo, para todos a toda hora.
A capital oferece 314 salas de cinema, 138 teatros, 115 espaços culturais, 150 bibliotecas, 158 museus e 53 shopping centers. Fora os parques, que já mencionamos, ainda existem 333 centros de esporte e lazer e 11 estádios de futebol.
E, claro, para os amantes da gastronomia, são mais de 70 tipos de culinária só na cidade, que podem ser encontrados nos mais de 20 mil restaurantes e 30 mil bares da cidade, onde costumam ser pontos de encontro para curtir a incansável vida noturna Paulistana.
Não sabia que tinha tanto, né? Bora programar a agenda!!!
História
Todo mundo sabe que sete de setembro é feriado, quando comemoramos a Independência do Brasil, mas nem todos sabem que a cidade de São Paulo foi palco desse momento histórico.
Após Maria Leopoldina assinar o Decreto da Independência, como chefe interina do Governo, uma carta foi enviada para comunicar o príncipe regente. Em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, D. Pedro I recebeu a notícia e proclamou o lendário Grito do Ipiranga: “Independência ou Morte”, oficializando a separação de Portugal e a Independência do Brasil.
Além do clássico quadro de Pedro Américo, onde retrata a cena histórica, para homenagear o momento, foi construída em 1922, no bairro do Ipiranga, um Monumento à Independência, onde jazem os restos mortais do Imperador Dom Pedro I, da sua primeira esposa, a Imperatriz Leopoldina, e da segunda esposa, Dona Amélia de Leutchenberg. Por isso, é também conhecido como Cripta Imperial.
Bandeira
Até 1915, após 361 anos da sua fundação, a cidade ainda não tinha um símbolo para o município. Desse modo, nesse mesmo ano, a Prefeitura abriu um concurso para que especialistas em heráldica, ilustradores, historiadores e poetas enviassem seus projetos.
Entre 32 esboços finalistas, o desenho do artista plástico José Wasth Rodrigues e do poeta Guilherme de Almeida foi o escolhido e oficializado em 8 de março de 1917.
Contudo, o brasão da dupla continha um erro nas torres da coroa, que passou despercebido por quase 60 anos, notado e apontado à Câmara Municipal de São Paulo para correção pela Sociedade Brasileira de Heráldica em 1974. O brasão foi alterado, mas em 1986, por ordem de Jânio Quadros, foi novamente adaptado.
Desde então é formado por um escudo com um braço, representando os bandeirantes que desbravaram o país atrás de ouro, pedras preciosas e escravos, empunhando a bandeira da cruz de malta (símbolo da Ordem de Cristo) usada pelos navegantes portugueses, pois simboliza a fé cristã. Sobre o escudo, uma coroa de ouro com oito torres, sendo cinco aparentes, uma alusão ao governo Lusitano, e as laterais adornadas com ramos de café, a principal atividade econômica da região.
Na divisa, a escrita em latim “Non ducor duco” que significa em português “Não sou conduzido, conduzo.” Os dizeres, de acordo com a Lei que regula o brasão, “recorda a origem da nossa raça; breve, traduz com a mimosa energia tudo o que é a nossa história; estímulo e exemplo para os demais irmãos.”
Já tinha ouvido falar nessas curiosidades da cidade de São Paulo? Esperamos que tenha gostado! 😉
Referências: Cidade São Paulo; Jovem Paulistano, History, Museu da Cidade e Leis Municipais.
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